A Apae de Passo Fundo tem 300 alunos, sendo 38 portadores da síndrome de down. Segundo a coordenadora de saúde, Jurema Algarve Bruschi, a maioria das mães que procura o local pela primeira vez chora ou mostra desequilíbrio emocional. “Algumas tem conhecimento e chegam já sabendo o que podemos proporcionar. Mas a maioria chega emocionalmente abalada. Elas não têm clareza da síndrome, não sabem o que poderá ser do futuro do filho”, explica. A notícia da síndrome, às vezes, também não é passada de forma adequada para os pais no momento do nascimento do filho, o que acaba, na maioria das vezes, causando um grande susto.
Jurema ressalta que o ideal é que os pais, logo que o filho nasce, busquem uma ajuda especializada como a da Apae. Atualmente oito bebês estão em tratamento na entidade. Uma equipe com profissionais específicos, com fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicóloga e pediatra, realiza o trabalho de desenvolvimento. “Também recebemos crianças com cinco a oito anos. Essa é a idade pré-escolar, onde os pais que mantém o filho em casa não sabem o que fazer para estimular e acabam procurando ajuda”, ressalta. A Apae realiza atividades de acordo com a idade. Para os maiores a prática é a alfabetização.
A coordenadora enfatiza que não há como negar que os portadores da síndrome de down têm um atraso global de aprendizagem, e por isso é necessário que haja um estímulo constante da área motora, da fala, audição, visão e também da independência e da área social. “Hoje o tratamento mudou bastante. Não se tem mais tanto preconceito. Muitos trabalham, e até mesmo casam. Aquele estigma que o down nasceu e ia ter uma vida limitada não existe mais”, conclui.
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