Sandra Goes |
A apredizagem é enriquecida com a convivência com as diferenças. A diversidade aumenta a capacidade de compreenção do individuo. Diferentemente das especialidades médicas que afirmam que as crianças portadoras de Síndrome de Down necessitam de mais cuidados médicos, pois apresentam mais fragilidade em alguns aspectos, na educação necessitamos o quanto possível for tratá-los de forma igual, para como isso explorarmos todo o potencial (claro que considerando suas habilidades maturacional e cognitiva e atendendo-os de forma personalizada).
A Síndrome de Down não é uma doença! É uma condição ocasionada por uma cidente genético. Não sendo patologia, não inviabiliza o indivíduo de desenvolver todo tipo de habilidade.
Quando o atendimento a estas crianças começa mais cedo, mais chances de avanço podem ser conquistadas. O processo de socialização das crianças portadoras de necessidades especiais, é talvez o ponto determinante para o seu desenvolvimento. A partir de uma socialização bem definida a criança compreende, domina e explora o ambiente e o que lhe é ensinado. A escola tem a obrigação de ensinar, e ensinar bem, de forma competente, e isto compreende conhecer o equilibrio entre considerar os limites e explorar todo o potencial. Na escola Conviver desde a sua fundação contemplamos o atendimento a crianças portadores de necessidades especiais. É um trabalho que não se faz pela imposição legal, mas pela compreensão que uma educação humanizada habilita e capacita o indivíduo para a vida. Esta convivência é rica tanto para as crianças portadoras como para as ditas “normais”. Acreditamos nesta experiência, que com certeza dá certo, pois todos nós crescemos e aprendemos. Para que este trabalho aconteça de forma séria é necessário que haja compromisso e mudanças não só físicas, mas pedagógicas principalmente. Na Conviver a partir do processo de seleção dos profissionais, já orientamos o trabalho para este tipo de atendimento que faz parte da nossa proposta pedagógica. Na Conviver não existem preconceitos, apesar das diferenças todos somos iguais. Estamos trlihando um caminho diferente, aducando, sensibilizando e humanizando nossas crianças e preparando-as com uma educação que valoriza o ser humano em sua condição.
Sandra Goes é pedagoga e psicopedagoga institucional e clínica, especialista em educação e educação inclusiva, diretora da escola Conviver e vice-presidente do Instituto José Miguel de Araújo.
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