Autoria: Lilian Laranja
Data: 10/8/2006
Resumo: Especialistas destacam a importância de os pais conversarem sobre sexo com os filhos com deficiência mental
O desejo sexual entre pessoas com retardo mental é uma realidade que, durante muito tempo, foi reprimida por familiares e pela sociedade. Receosos de que seus filhos manifestem a sexualidade em público ou de que sejam vítimas de abuso, muitos pais ainda reprimem um instinto natural a todo o ser humano. Os especiais também sentem prazer estimulando o corpo, querem afeto, apaixonam-se e até sonham com casamento. Mas, freqüentemente, são vistos como pessoas assexuadas, presas à infância, ou hipersexuadas, muito impulsivas. - A masturbação em público ocorre muito mais por falta de orientação - explica a bióloga e doutora em Educação Eva Regina Carrazoni Chagas, professora da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). ENQUANTO NOS ESTADOS UNIDOS HÁ UM PROGRAMA QUE ENSINA PORTADORES DE RETARDO MENTAL A NAMORAR, NO BRASIL OS PASSOA SÃO TÍMIDOS. Não há orientação sexual formal nas escolas especiais, por exemplo. Mas discussões em pequenos grupos estão avançando. Muitos especialistas acreditam que, dependendo do grau de compreensão, eles podem aprender a lidar com a sexualidade e a nutrir relações amorosas. Médico em uma escola para especiais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Porto Alegre, o neurologista Cezar Collar conta que vê alunos enamorados. Eles dançam juntos nos bailes, às vezes andam de mãos dadas e costumam se visitar, acompanhados dos pais. As incertezas são semelhantes aos adolescentes normais. - Um menino com síndrome de Down perguntou se poderia casar e se teria filho com Down. Eles têm muitas dúvidas: se beijo engravida, sobre tamanho de pênis. E os pais, muitas dificuldades. Mas os riscos de doenças e de gravidez não são evitados com o silêncio - alerta Eva. O tema deve ser falado na medida em que a pessoa demonstra interesse, destaca o psicólogo e psicanalista Luciano Vignochi. Apesar de todos terem o instinto sexual, o desejo se relaciona à linguagem e à cultura. - Reconhecer a sexualidade tem relação com a vontade de que a vida continue. Sua negação está ligada à morte ou à falsa promessa de uma infância infinita. É importante permitir um espaço de conversa - diz o psicólogo. A autonomia para tomar decisões e o discernimento são habilidades necessárias para a manutenção de um relacionamento amoroso, salienta o pediatra Délio José Kipper, do Hospital São Lucas da PUCRS, preocupado com os riscos. - Em muitos casos, funciona melhor a proteção do que a conversa - afirma. Como lidar * Mostre que é preciso autorização para tocar no corpo de outra pessoa. Isso pode ser trabalhado na troca de carinho e abraços, nas brincadeiras e na dança * A família não deve ignorar ou reprimir atitudes de motivação sexual, como a masturbação. Explique onde é permitido * Sexualidade inclui afetividade, expressão e conhecimento do corpo. Estimule o deficiente mental a se cuidar, escolher suas roupas e a se arrumar sozinho * Converse sobre doenças sexualmente transmissíveis e risco de gravidez * O método anticoncepcional deve ser escolhido com um médico * Para evitar abuso sexual, evite expor o deficiente mental em situação de risco e deixe claro que as outras pessoas só podem tocá-lo com intimidade se ele permitir * Gravidez é contra-indicada. Alguns portadores de retardo mental não têm condições de cuidar de seu filho. Entre portadores de síndrome de Down, a chance do filho ter a doença é de 50% A importância: A relação amorosa ajuda a diminuir angústias e agressividade. Os deficientes mentais tendem a ficar mais calmos, a expressar sua afetividade e a aprender melhor No Cinema: * Do luto à luta: documentário brasileiro de Evaldo Mocarzel sobre as potencialidades dos portadores da síndrome de Down. *Uma lição de amor: filme de Jessie Nelson, mostra a luta de um pai com deficiência mental para receber a ajuda de uma advogada para ter a guarda da filha. * Simples como amar: filme dirigido por Garry Marshall, conta a história de uma adolescente portadora de retardo mental que quer provar ser tão capaz como as outras pessoas. Ela vai morar com o namorado, também deficiente mental.
Fonte: Rede Saci e Associação Ser Down
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
A família deve ser orientada a colaborar a participar do programa educacional, promovendo desta forma uma interação maior com a criança. Também e fundamental que a família incentive a pratica de tudo que a criança assimila.
“A qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao desenvolvimento e aprendizagem de crianças com deficiência mental”. (CRAWLEY; SPIKER, 1983).
Assim e fundamental o aconselhamento a família, que deve considerar, sobretudo a natureza da informação e a maneira como a pessoa e informada, com o propósito de orienta-la quanto a natureza intelectual, emocional e comportamental.
Assim os conselhos devem se preocupar com os temores e ansiedade, sentimentos de culpa e vergonha, dos familiares e deficientes. Devem reduzir a vulnerabilidade emocional e tensões sofridas, aumentando a capacidade de tolerância.
E importante a família estimular precoce mente seus filhos portadores de Síndrome de Down, quanto mais cedo essa criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento.
A superproteção dos pais pode influenciar negativamente no desenvolvimento dessa criança. A criança acaba ficando isolada e não consegue sua independência não consegue se desenvolver. Os pais concentram mais a atenção nas deficiências de modo que os fracassos recebem mais a atenção que os sucessos e a criança fica limitada nas possibilidades que promovem a independência e a interação social.É claro que pra cuidar e dar toda a assistência que uma criança portadora de SD necessita a família deve estar muito bem informada, por este motivo estaremos essa semana faremos uma série falando sobre as dúvidas mais frequentes em relação à síndrome. Aproveitem...
Fonte Atividade física em foco
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Existem tipos diferentes de síndrome de Down?
Sim, há três tipos genéticos, mas não é possível diferenciá-los só com o exame clínico. Na grande maioria dos casos, o que ocorre é a trissomia do 21, ou seja, a presença de material genético a mais no 21o par de cromossomos no núcleo das células, causado por um erro na divisão celular, de forma mais comum no material genético que vem da mãe. De 95 a 97 por cento dos portadores de Down têm essa forma de trissomia do 21.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Depoimento - minha bebê e a Síndrome de Down
Hoje, vim aqui dar meu depoimento e meu testemunho de puro amor.
Engravidei do meu segundo bebê sem esperar, apenas aconteceu. Durante a gravidez nos enchemos de expectativas com nossa menininha, até porque estávamos realizados com nosso príncipe. Todos os exames afirmaram que minha filha era perfeita.
A vida às vezes nos proporciona momentos únicos... mágicos...maravilhosos...Porém esses momentos vem acompanhados de algumas dificuldades e obstáculos para serem superados, e
tirarmos das dores uma lição para toda vida.
E foi assim com a Laura. Um dia após seu nascimento, tivemos uma grande surpresa. A Laura era portadora da Síndrome de Down. Para mim e para o pai dela, foi um verdadeiro espanto, porém sabíamos que isso não mudaria e de fato não mudou em nada nosso “amor” por ela. Porém o medo do desconhecido nos deixou apreensivos.
Hoje digo com toda certeza que sou muito feliz e que estou cada dia mais apaixonada por essa florzinha sem espinho, na qual fui abençoada por Deus em receber. Ela é forte, esperta e muito sorridente.
Sinto uma emoção muito forte quando em meus braços esta essa pequena boneca, que me olha como se eu fosse a coisa mais importante pra ela. Em sua inocência não sabe que é ela pra mim a garotinha mais importante, delicada, linda e perfeita que um dia eu pude imaginar.
Li um e-mail em que se chamava HOLANDA e que se referia a espera de um bebê como uma viagem à Itália, e quando chegamos estamos na Holanda, outro lugar, outra situação. Fui escolhida pra cuidar desse anjo, dessa flor sem espinhos. Não encontro respostas do por que, nem em meus pensamentos nem em lugar algum, só encontro amor e esperança. Estou na Holanda, não conheço nada deste lugar, porém, estou adorando a paisagem e o mais importante estou amando a pessoa em que me tornei após chegar aqui!
E quanto a ser especial, não, não sou especial!!!! Sou como qualquer uma, tenho tantos problemas quanto todas as mulheres... Aceito essa tarefa, amo a Laura de tal forma que não sei mais viver sem ela!!! E isso é especial... Esse amor!
Ela me mostra que ser diferente nada significa, que todos temos dificuldades, e muito, além disso, ela me ensinou a amar incondicionalmente.
Minha filha e meu filho são as pessoas “MAIS IMPORTANTES” da minha vida.
Fonte e-familynet
Engravidei do meu segundo bebê sem esperar, apenas aconteceu. Durante a gravidez nos enchemos de expectativas com nossa menininha, até porque estávamos realizados com nosso príncipe. Todos os exames afirmaram que minha filha era perfeita.
A vida às vezes nos proporciona momentos únicos... mágicos...maravilhosos...Porém esses momentos vem acompanhados de algumas dificuldades e obstáculos para serem superados, e
tirarmos das dores uma lição para toda vida.
E foi assim com a Laura. Um dia após seu nascimento, tivemos uma grande surpresa. A Laura era portadora da Síndrome de Down. Para mim e para o pai dela, foi um verdadeiro espanto, porém sabíamos que isso não mudaria e de fato não mudou em nada nosso “amor” por ela. Porém o medo do desconhecido nos deixou apreensivos.
Hoje digo com toda certeza que sou muito feliz e que estou cada dia mais apaixonada por essa florzinha sem espinho, na qual fui abençoada por Deus em receber. Ela é forte, esperta e muito sorridente.
Sinto uma emoção muito forte quando em meus braços esta essa pequena boneca, que me olha como se eu fosse a coisa mais importante pra ela. Em sua inocência não sabe que é ela pra mim a garotinha mais importante, delicada, linda e perfeita que um dia eu pude imaginar.
Li um e-mail em que se chamava HOLANDA e que se referia a espera de um bebê como uma viagem à Itália, e quando chegamos estamos na Holanda, outro lugar, outra situação. Fui escolhida pra cuidar desse anjo, dessa flor sem espinhos. Não encontro respostas do por que, nem em meus pensamentos nem em lugar algum, só encontro amor e esperança. Estou na Holanda, não conheço nada deste lugar, porém, estou adorando a paisagem e o mais importante estou amando a pessoa em que me tornei após chegar aqui!
E quanto a ser especial, não, não sou especial!!!! Sou como qualquer uma, tenho tantos problemas quanto todas as mulheres... Aceito essa tarefa, amo a Laura de tal forma que não sei mais viver sem ela!!! E isso é especial... Esse amor!
Ela me mostra que ser diferente nada significa, que todos temos dificuldades, e muito, além disso, ela me ensinou a amar incondicionalmente.
Minha filha e meu filho são as pessoas “MAIS IMPORTANTES” da minha vida.
Fonte e-familynet
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Bullying contra alunos com deficiência - Ana Rita Martins
A violência moral e física contra estudantes com necessidades especiais é uma realidade velada. Saiba o que fazer para reverter essa situação.
Um ou mais alunos xingam, agridem fisicamente ou isolam um colega, além de colocar apelidos grosseiros. Esse tipo de perseguição intencional definitivamente não pode ser encarado só como uma brincadeira natural da faixa etária ou como algo banal, a ser ignorado pelo professor. É muito mais sério do que parece. Trata-se de bullying. A situação se torna ainda mais grave quando o alvo é uma criança ou um jovem com algum tipo de deficiência - que nem sempre têm habilidade física ou emocional para lidar com as agressões.
Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. Em pesquisa recente sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência. Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola.
Conversar abertamente sobre a deficiência derruba barreiras
Tais atitudes costumam ser impulsionadas pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. Em pesquisa recente sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência. Colocar em prática ações pedagógicas inclusivas para reverter essa estatística e minar comportamentos violentos e intolerantes é responsabilidade de toda a escola.
Conversar abertamente sobre a deficiência derruba barreiras
Maria de Lourdes Neves da Silva |
Quando a professora Maria de Lourdes Neves da Silva, da EMEF Professora Eliza Rachel Macedo de Souza, na capital paulista, recebeu Gabriel**, a reação dos colegas da 1ª série foi excluir o menino - na época com 9 anos de idade - do convívio com a turma. "A fisionomia dele assustava as crianças. Resolvi explicar que o Gabriel sofreu má-formação ainda na barriga da mãe. Falamos sobre isso numa roda de conversa com todos (leia no quadro abaixo outros encaminhamentos para o problema). Eles ficaram curiosos e fizeram perguntas ao colega sobre o cotidiano dele. Depois de tudo esclarecido, os pequenos deixaram de sentir medo", conta. Hoje, com 13 anos, Gabriel continua na escola e estuda na turma da professora Maria do Carmo Fernandes da Silva, que recebe capacitação do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai), da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, e está sempre discutindo a questão com os demais educadores. "A exclusão é uma forma de bullying e deve ser combatida com o trabalho de toda a equipe", afirma. De fato, um bom trabalho para reverter situações de violência passa pela abordagem clara e direta do que é a deficiência. De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento.
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. O Anexo Eustáquio Júnio Matosinhos, ligado à EM Newton Amaral Franco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou no diálogo coletivo a solução para uma situação provocada por pais de alunos. Este ano, a escola recebeu uma criança de 4 anos com deficiência intelectual e os pais dos coleguinhas de turma foram até a Secretaria de Educação pedir que o menino fosse transferido. A vice-diretora, Leila Dóris Pires, conta que a solução foi fazer uma reunião com todos eles. "Convidamos o diretor de inclusão da secretaria e um ativista social cadeirante para discutir a questão com esses pais. Muitos nem sabiam o que era esse conceito. A atitude deles foi motivada por total falta de informação e, depois da reunião, a postura mudou."
Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimizar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. Esse, aliás, deve extrapolar os limites da sala de aula, pois a violência moral nem sempre fica restrita a ela. O Anexo Eustáquio Júnio Matosinhos, ligado à EM Newton Amaral Franco, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, encontrou no diálogo coletivo a solução para uma situação provocada por pais de alunos. Este ano, a escola recebeu uma criança de 4 anos com deficiência intelectual e os pais dos coleguinhas de turma foram até a Secretaria de Educação pedir que o menino fosse transferido. A vice-diretora, Leila Dóris Pires, conta que a solução foi fazer uma reunião com todos eles. "Convidamos o diretor de inclusão da secretaria e um ativista social cadeirante para discutir a questão com esses pais. Muitos nem sabiam o que era esse conceito. A atitude deles foi motivada por total falta de informação e, depois da reunião, a postura mudou."
Seis soluções práticas
- Conversar sobre a deficiência do aluno com todos na presença dele. - Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário.
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão.
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos.
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma.
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
Antecipar o que vai ser estudado dá mais segurança ao aluno
Maria Aparecida de Sousa Silva Sá |
No CAIC EMEIEF Antônio Tabosa Rodrigues, em Cajazeiras, a 460 quilômetros de João Pessoa, a solução para vencer o bullying foi investir, sobretudo, na aprendizagem. Ao receber José, um garoto de 12 anos com necessidades educacionais especiais, a professora Maria Aparecida de Sousa Silva Sá passou a conviver com a hostilidade crescente da turma de 6ª série contra ele. "Chamavam o José de doido, o empurravam e o machucavam. Como ele era apegado à rotina, mentiam para ele, dizendo que a aula acabaria mais cedo. Isso o desestabilizava e o fazia chorar", lembra. Percebendo que era importante para o garoto saber como o dia seria encaminhado, a professora Maria Aparecida resolveu mudar: "Passei a adiantar para o José, em cada aula, o conteúdo que seria ensinado na seguinte. Assim, ele descobria antes o que iria aprender".
Nas aulas seguintes, o aluno, que sempre foi quieto, começou a participar ativamente. Ao notar que ele era capaz de aprender, a turma passou a respeitá-lo. "Fiquei emocionada quando os garotos que o excluíam começaram a chamá-lo para fazer trabalhos em grupo", conta. Depois da intervenção, as agressões cessaram. "O caminho é focar as habilidades e a capacidade de aprender. Quando o aluno participa das aulas e das atividades, exercitando seu papel de aprendiz e contribuindo com o grupo, naturalmente ele é valorizado pela turma. E o bullying, quando não cessa, se reduz drasticamente", analisa Silvana Drago, responsável pela Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Samara Oliboni, psicóloga e autora de tese de mestrado sobre bullying, diz que é preciso pensar a questão de forma integrada. "O professor deve analisar o meio em que a criança vive, refletir se o projeto pedagógico da escola é inclusivo e repensar até seu próprio comportamento para checar se ele não reforça o preconceito e, consequentemente, o bullying. Se ele olha a criança pelo viés da incapacidade, como pode querer que os alunos ajam de outra forma?", reflete. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente para os que têm deficiência, se desenvolvam. Com respeito e harmonia.
** Os nomes dos alunos foram trocados para preservar a identidadeNas aulas seguintes, o aluno, que sempre foi quieto, começou a participar ativamente. Ao notar que ele era capaz de aprender, a turma passou a respeitá-lo. "Fiquei emocionada quando os garotos que o excluíam começaram a chamá-lo para fazer trabalhos em grupo", conta. Depois da intervenção, as agressões cessaram. "O caminho é focar as habilidades e a capacidade de aprender. Quando o aluno participa das aulas e das atividades, exercitando seu papel de aprendiz e contribuindo com o grupo, naturalmente ele é valorizado pela turma. E o bullying, quando não cessa, se reduz drasticamente", analisa Silvana Drago, responsável pela Diretoria de Orientação Técnica - Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.
Samara Oliboni, psicóloga e autora de tese de mestrado sobre bullying, diz que é preciso pensar a questão de forma integrada. "O professor deve analisar o meio em que a criança vive, refletir se o projeto pedagógico da escola é inclusivo e repensar até seu próprio comportamento para checar se ele não reforça o preconceito e, consequentemente, o bullying. Se ele olha a criança pelo viés da incapacidade, como pode querer que os alunos ajam de outra forma?", reflete. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente para os que têm deficiência, se desenvolvam. Com respeito e harmonia.
Fonte Revista Escola