Atender às necessidades específicas de pessoas com deficiência é considerado um custo e não um investimento. Por isso, este segmento da população continua sem acesso a uma série de direitos, uma vez que não lhes é garantida ampla e diversificada oferta de acessibilidades. O resultado é mais exclusão para quem não se parece com os modelos de representação humana sobre os quais cada pessoa, cultura, comunidade ou sociedade se percebe, se conforta e se organiza para o futuro.Mas o futuro de uma comunidade corre riscos quando é planejado a partir de uma concepção reduzida de diversidade humana. O mesmo acontece quando as diferenças inerentes à nossa espécie são entendidas como obstáculos e não como estímulos para mudanças.
Em quantos governos, empresas, lares ou organizações o futuro está sendo pensado em função de repertórios particulares – e irreais de diversidade? Desperdício. O verdadeiro conjunto Diversidade Humana inclui a deficiência e é imensurável. Apresenta-se sob diferenças infinitas que conversam e incidem entre si, reinventando-se, continuamente. O desafio das políticas públicas é lidar com essa diversidade e concretizá-la nos orçamentos.
Precisamos saber quanto custa não discriminar
Pessoas com deficiência são reais e têm urgência em contribuir com seus saberes para debates e decisões que as afetam nos sistemas nos quais estão inseridas: família, comunidade, nação, planeta...
Essa constatação é simultaneamente óbvia e revolucionária. Altera orçamentos públicos. Exige que pensadores(as) e executores(as) de qualquer ação – nos mundos empresarial, governamental ou da sociedade civil – revejam seus planejamentos e metas.
Em 2008, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU foi ratificada no Brasil. Este foi primeiro tratado de Direitos Humanos a ter valor constitucional no país, A Convenção é um recurso para reverter o quadro de segregação aqui descrito, mas, para tanto, precisa ser disseminada e praticada conjuntamente.
Fonte Criative-se por Claudia Werneck
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